Fonte: Google Images
25 de Abril - Dia Mundial da Malária
“Malária”, “maleita”, “paludismo”, “febre palustre”, “febre terçã”, “tremedeira”, “batedeiras”... São vários os nomes que fazem referência à doença causada por cinco espécies do gênero Plasmodium (UFMG/Na Onda da Vida, 2013).
No dia 25 de Abril busca-se conscientizar sobre a Malária para que a sociedade e seus representantes continuem trabalhando para sua minimização e erradicação. Porém, apesar de ser uma doença evitável, detectável e tratável, todo ano cerca de 430 mil pessoas morrem por causa da malária (OMS/MSF, 2018).
Clique em 'Leia mais' para saber mais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma estratégia para até 2030, assim como um Plano de Ação para as Américas para até 2020. A estratégia consiste em: reduzir a incidência da malária em pelo menos 90% até 2030; reduzir a mortalidade por malária em pelo menos 90% até 2030; eliminar a doença em pelo menos 35 países até 2030; impedir a reaparição nos países em já foi certificada a eliminação (OPAS/OMS, 2019).
O Brasil também tem seu próprio Plano de Eliminação (História, Ciências, Saúde Manguinhos, 2017). Porém, a doença ainda está muito presente e conforme a notícia veiculada pelo jornal Diário do Pará em maio de 2018, existem registros de mais de 35 mil casos nos meses de janeiro e fevereiro na região amazônica e mais de sete mil casos no Pará.
Fonte: Jornal Diário do Pará (2018)
Em um estudo publicado por V.M. Chu et al. (2019), aponta-se que, apesar de ter diminuído a incidência da doença na América do Sul, no período 2010-2016, nos países próximos do bioma Amazônico, foi observado aumento da Malária, principalmente na Venezuela.
Nesse mesmo estudo também sugere-se, por exemplo, que as populações de maior latitude do mosquito Anopheles darlingi, encontradas na Mata Atlântica, serão capazes de tolerar uma maior temperatura do que as de atualmente por causa da detecção de uma variação genética dos mosquitos. Logo, a mudança climática favorecerá o aumento da doença transmitida pelo vetor.
Dessa forma, estudos como esse sugerem um aumento da incidência da doença e sua distribuição territorial caso medidas preventivas não sejam tomadas também com o objetivo de minimizar as consequências provocadas pelo aquecimento global.
Conforme divulgado por Ove Hoegh-Guldberg et. al (2018), outros estudos também apontaram o aumento dos riscos de doenças transmitidas por vetores, tais como do gênero Anopheles quanto do Aedes, quando submetidos à elevação da temperatura global entre 1,5°C a 2°C. E isso poderá ser devido ao maior alcance geográfico dos vetores e estação quente prolongada como anteriormente mencionado no estudo mais atual.
Fonte: Colavitti e Girardi (2007)
Quer se informar mais sobre a doença?
No seguinte site do Ministério da Saúde, dentro do portal Saúde de A a Z, abordam-se as causas, manifestações clínicas, tratamento, diagnóstico e medidas de prevenção:
Clique na imagem abaixo:
Prefere assistir à vídeo?
Confira a seguinte série de cinco vídeos feitos pela Universidade Aberta de Lisboa com participação do Prof. Dr. Jorge Luis Atouguia, médico infectologista, abordando epidemiologia, tipos de parasitas, grupos de risco, formas de transmissão, diagnóstico, tratamento, prevenção, entre muitos outros:
Malária: o problema
Malária: a doença
Malária: transmissão
Malária: o diagnóstico
Malária: tratamento, prevenção e controle
Informe-se! Divulgue!
REFERÊNCIAS
CHU, V.M. et al. Regional variation in life history traits and plastic responses to temperature of the major malaria vector Nyssorhynchus darlingi in Brazil. Scientific Reports, Nature, p. 1-11, 29 mar. 2019. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41598-019-41651-x. Acesso em: 20 abr. 2019.
COLAVITTI , Fernanda ; GIRARDI, Giovana. Doenças do aquecimento global. Revista Galileu: Saúde, Brasil, fev. 2007. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT399483-1718,00.html. Acesso em: 22 abr. 2019.
HISTÓRIA, CIÊNCIAS, SAÚDE MANGUINHOS. Erradicar a malária: objetivo há 60 anos. abr. 2017. Disponível em: http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/erradicar-a-malaria-objetivo-ha-60-anos/. Acesso em: 21 abr. 2019.
Hoegh-Guldberg, O., D. Jacob, M. Taylor, M. Bindi, S. Brown, I. Camilloni, A. Diedhiou, R. Djalante, K.L. Ebi, F. Engelbrecht, J.Guiot, Y. Hijioka, S. Mehrotra, A. Payne, S.I. Seneviratne, A. Thomas, R. Warren, and G. Zhou. 2018: Impacts of 1.5ºC Global Warming on Natural and Human Systems. Global Warming of 1.5°C. An IPCC Special Report on the impacts of global warming of 1.5°C above pre-industrial levels and related global greenhouse gas emission pathways, in the context of strengthening the global response to the threat of climate change, sustainable development, and efforts to eradicate poverty, p. 175-311, 2018. Disponível em: https://www.ipcc.ch/sr15/chapter/chapter-3/. Acesso em: 24 abr. 2019.
MAGNO, Cintia. Especial Malária. Diário do Pará, Belém, p. 2-10, 13 maio 2018. Disponível em: http://www.iec.gov.br/portal/wp-content/uploads/2018/05/13maio2018_diario_do_para_caderno_especial_malaria.pdf. Acesso em: 20 abr. 2019.
MAIA, Bárbara et al. Panorama da Malária. UFMG, 24 out. 2013. Disponível em: https://www.ufmg.br/naondadavida/?p=2301. Acesso em: 20 abr. 2019.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS (MSF). Malária. Atividades Médicas, 20 ago. 2018. Disponível em: https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/malaria. Acesso em: 20 abr. 2019.
MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL. Malária: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Brasil. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria. Acesso em: 22 abr. 2019.
OPAS/OMS. Folha informativa - Malária. Banco de Notícias , Internet, 2019. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5682:folha-informativa-malaria&Itemid=812. Acesso em: 24 abr. 2019.
UNIVERSIDADE ABERTA (UA). MALÁRIA. Lisboa : 2007. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FexxWXaxAqA&list=PLB40Fds9jaF2XdCzSZfLdG8qOAdNRVcXo&index=1. Acesso em: 20 abr. 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário