Todos
nós já tivemos algum problema respiratório, seja ele um resfriado ou uma gripe.
No entanto, devido as tantas recorrências uma parcela da população não se
preocupa e nem procura saber quais os fatores que podem contribuir com a disseminação
dessa enfermidade.
Vale
ressaltar que as doenças respiratórias podem ser crônicas, como: asma, rinite
alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
"As
doenças respiratórias, conforme a Sociedade Brasileira de Pneumologia, atingem 20%
da população e são a quarta maior causa de hospitalizações no Brasil"
(CREF2/RS, 2016).
Figura
1: Gráfico de área mostrando a posição dos lideres de fatores de
internação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019)
Segundo
o Ministério da Saúde, as doenças respiratórias na região Sudeste, em 2016, foram
as maiores causas de internações. Dados mais atuais revelam que a realidade
continua a mesma. No estado do Ceará entre os anos de 2009 e 2018, foram
registrados 56.623 óbitos por doenças respiratórias. Já em janeiro a maio de
2018, 2.758 pessoas morreram em consequência das doenças (BRASIL, 2016; G1,
2019).
Há
alguns dias o Brasil é notícia nos noticiários locais e mundiais, devido às
queimadas em estados da região Norte, causando grande impacto ambiental, e na
saúde da população, devido ao aumento e ao agravamento dos problemas respiratórios.
Diversos relatos sobre a alta na admissão de crianças e adultos com problemas
respiratórios, estão surgindo nas mídias.
"Em
Rondônia, um dos estados mais afetados, a fumaça causada pelos incêndios causou
o aumento de 70% nos atendimentos de problemas respiratórios infantis" (G1, 2019).
"Há
quatros dias, Maycon, de 4 anos, está internado no Hospital Infantil Cosme e
Damião, em Porto Velho (RO). O motivo é uma crise de asma provocada pela fumaça
das queimadas que cobre a cidade desde a semana passada" (BBC, 2019).
O
alto índice de queimadas coloca à tona o esquema em pirâmide desenhada pela
Organização Mundial da Saúde (Figura 2), onde é mostrado os efeitos que
queimadas podem desencadear na saúde humana.
Figura
2: Pirâmide dos Efeitos à Saúde (Adaptado de WHO, 1999).
Fica
uma questão para reflexão: Porque as queimadas agravaram e elevaram as
entradas nos hospitais, aumentando o número de óbitos? Isso ocorre devido a
grande liberação de fuligem e substâncias tóxicas, como o monóxido de carbono
(CO) provenientes da combustão dos materiais orgânicos, que exercem um papel
fundamental para o desenvolvimento de patologias respiratórias. Além de
promover problemas maiores como insuficiências cardíacas, respiratórias e até
renais (WHO, 1999; RIBEIRO, 2002).
Figura
3: Impacto das queimadas na saúde humana e ambiental (FIOCRUZ, 2019).
VEJA MAIS EM
Reportagem da Globo (2019)
LEIA MAIS EM
REFERÊNCIAS
PRAZERES, Leandro. Queimadas na Amazônia prejudicam saúde
de crianças e causam interrupção no abastecimento de energia. 2019.
Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/sociedade/queimadas-na-amazonia-prejudicam-saude-de-criancas-causam-interrupcao-no-abastecimento-de-energia-23895702>.
Acesso em: 07 set. 2019.
Ribeiro H, Assunção JV. Efeitos das queimadas
na saúde humana. Estud.
av. 2002;16(44):125-148.
TURBIANI, Renata. Fumaça de queimadas é ameaça à saúde
pública, alertam médicos. 2019. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49430367>. Acesso em: 07 set.
2019.
World Health
Organization (WHO). Health Guidelines for Vegetation Fire Events. Geneva:
WHO; 1999.